Autoimunidade em mulheres: por que somos mais afetadas e como reduzir inflamação

Mulher de meia-idade deitada de lado sobre uma cama branca, com expressão pensativa e corpo parcialmente coberto por lençóis claros, simbolizando fadiga e vulnerabilidade associadas às doenças autoimunes

Autoimunidade em mulheres: por que somos mais afetadas e como reduzir inflamação

Descobre o que são doenças autoimunes, por que afetam mais mulheres e como reduzir inflamação com estratégias práticas e baseadas em evidência.

As doenças autoimunes já afetam mais de 80 doenças diferentes identificadas pela ciência. São condições em que o sistema imunitário, que deveria proteger-nos de vírus e bactérias, começa a atacar o próprio corpo.

E há um dado que não pode ser ignorado: cerca de 70 a 80% das pessoas diagnosticadas são mulheres (1).

Neste artigo vai descobrir:

  1. O que são doenças autoimunes.

  2. Por que as mulheres são mais afetadas.

  3. Sinais e sintomas precoces que merecem atenção.

  4. Fatores que agravam a inflamação.

  5. Passos práticos para reduzir inflamação e proteger o sistema imune.


O que são doenças autoimunes?

As doenças autoimunes são caracterizadas pela produção de anticorpos ou células imunes que atacam tecidos saudáveis. Isso pode afetar órgãos, articulações, pele, glândulas ou intestinos.

Exemplos comuns incluem lúpus, artrite reumatoide, tiroidite de Hashimoto e doença de Crohn (2).

 Esquema ilustrativo de uma doença autoimune, com células imunitárias a atacar tecidos do corpo


Por que as mulheres são mais afetadas?

  1. Hormonas sexuais — O estrogénio pode intensificar a atividade do sistema imunitário. Períodos como gravidez, pós-parto ou perimenopausa são fases críticas.

  2. Genética — O cromossoma X contém genes relacionados com a imunidade. As mulheres têm dois, aumentando a probabilidade de variantes predisponentes.

  3. Ambiente e estilo de vida — Stress crónico, sono insuficiente, dieta inflamatória e toxinas ambientais são fatores de risco.

  4. Microbioma intestinal — Alterações na flora intestinal estão associadas a autoimunidade.

Mulher de meia-idade a refletir sobre saúde, simbolizando risco aumentado de autoimunidade

Sintomas iniciais de doenças autoimunes

Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas há sinais comuns que merecem atenção:

  • Fadiga persistente.

  • Dores articulares ou musculares.

  • Alterações digestivas (inchaço, diarreia, obstipação).

  • Alterações de pele (eczema, erupções, acne).

  • Nevoeiro mental e lapsos de memória.

  • Alterações menstruais e hormonais.

O que agrava a inflamação

A inflamação é o terreno fértil onde a autoimunidade se desenvolve. Estes fatores estão entre os principais desencadeadores (4):

  • Dieta rica em açúcar, processados e gorduras trans.

  • Baixo consumo de fibras.

  • Stress crónico.

  • Exposição a químicos ambientais.

  • Sono irregular.

Representação dos sintomas comuns das doenças autoimunes no corpo feminino


Estratégias práticas para reduzir inflamação

A boa notícia? Há muito que pode ser feito para reduzir inflamação e apoiar o sistema imune (5):

1. Apostar numa dieta anti-inflamatória

  • Basear a alimentação em vegetais, frutas, sementes, leguminosas bem preparadas e peixe gordo.

  • Evitar ultraprocessados, excesso de açúcar e glúten/lácteos em casos de sensibilidade.

2. Dar prioridade o sono

  • Deitar e acordar à mesma hora.

  • Evitar café à tarde e luz azul à noite.

3. Movimento regular

  • Caminhadas diárias.

  • Treino de força moderado para proteger massa muscular e óssea.

4. Gestão de stress

  • Técnicas de respiração, mindfulness ou journaling.

5. Acompanhamento clínico

  • Avaliar vitamina D, zinco, magnésio, hormonas e autoanticorpos.

  • Consultas de medicina funcional para personalizar estratégias.

Checklist visual com hábitos para reduzir inflamação: sono, nutrição, movimento, hidratação e relaxamento


FAQ sobre autoimunidade

1. O que são doenças autoimunes?
São condições em que o sistema imunitário ataca os próprios tecidos do corpo, gerando inflamação crónica e sintomas variados.

2. Como saber se tenho uma doença autoimune?
Sintomas como fadiga persistente, dores articulares, alterações digestivas ou erupções de pele podem indicar risco. O diagnóstico requer análises laboratoriais e avaliação clínica.

3. As doenças autoimunes têm cura?
Ainda não existe cura definitiva, mas é possível modular sintomas e inflamação através de estratégias clínicas, alimentação e estilo de vida.

4. O que piora as doenças autoimunes?
Stress, má alimentação, sono irregular e toxinas ambientais estão entre os fatores que mais agravam a inflamação.


Conclusão

As doenças autoimunes são complexas, mas não inevitáveis. Reconhecer sintomas cedo, reduzir inflamação e procurar apoio especializado pode transformar completamente a forma como se vive com estas condições.


Referências

  1. Harvard Health Publishing. Why autoimmune diseases strike more women. Harvard Medical School, 2023. Link

  2. Tua Saúde. 9 doenças autoimunes: principais sintomas e tratamento. Link

  3. BJIH Studies. O impacto da dieta e microbiota na patogénese de doenças autoimunes. Link

  4. Clínica Médico do Porto. 5 alimentos pró-inflamatórios escondidos na sua despensa. Link

  5. RSD Journal. Dietary patterns and autoimmune disease risk. Link

 

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Catarina Veiga
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